sábado, 31 de outubro de 2015

Clubes

Os Clubes já começaram com muita alegria. As crianças andam animadas com tantas coisas que têm aprendido. Os Clubes de ciência e leitura também já começaram.
No primeiro Clube de ciência, o desafio foi construir um brinquedo com materiais recicláveis, um foguetão espacial, feito com um canudo de rolo de papel higiénico. Eles pintaram, colaram papeis, fitas e personalizaram o seu brinquedo. Depois, com uma vareta de pau de espetada e um elástico tentaram que ele levantasse voo.
Foi muito divertido ver os rostos das crianças, algumas ajudadas pelos pais a personalizarem o seu foguetão.




O resultado ficou muito engraçado.



No Clube da leitura, depois de os mais pequenos comerem bolachas com pepitas de chocolate aconchegados no tapete da sala de estudo, o desafio foi ouvirem a História da Bíblia sobre a criação. Pegando numa Bíblia ilustrada, fomos percorrendo tudo aquilo que Deus fez nos seis dias e ao sétimo tinha descansado.



Os mais velhinhos foram convidados a construírem um livrinho em EVA, colorindo e ilustrando o que Deus tinha feito em  cada dia por página, usaram materiais diversos ( lã colorido, papel crepe, lápis e canetas).




A quinta-feira passada foi dia dos Clubes. Além do Clube da leitura, de muito convívio, brincadeira, conversa, almoço partilhado tivemos o Clube do Inglês dado pela Julie. Tudo começou com uma pequena oração, diante do cantinho de oração na sala de estudo. De mãos dadas cada um agradeceu a Deus, o Serge tocou algumas músicas e o ambiente ficou animado. Numa taça pequena coloquei água de Lurdes, cada criança se benzeu com ela e o dia começou.

As músicas em Inglês, os gestos, animaram quem estava sentado à volta do tapete e atraíram não só os mais pequenos mas também nós, pais, que cantávamos e fazíamos os gestos com a pequenada.


E todos foram convidados a escreverem no seu livrinho o que tinham aprendido em Inglês. Que bonitos que ficaram os livrinhos. Obrigada Julie!







Senhor, obrigada pelo dom da amizade verdadeira, sincera que semeias à nossa volta com as famílias que colocas no meu caminho.
Senhor, por Ti e tudo para Ti... Quero dar-Te tudo.


terça-feira, 27 de outubro de 2015

Ensino doméstico católico missionário

É missão de todo o batizado anunciar quer por palavras quer por gestos o amor de Cristo.

Quando se fala de ensino doméstico associamos sempre a um ensino feito em casa, com poucas regras, com pouco contato social e onde se pensa muito pouco em servir os outros. Ora bem, se somos católicos e se o nosso ensino é acima de tudo católico, a nossa missão acima de tudo é ser expressão do amor de Cristo, é ser alegre, é ser missionário, é ir ao encontro dos outros.


Nós procuramos já viver isso entre famílias, através dos Clubes e está a ser uma experiência muito rica.

Na Exortação apostólica Evangelii Gaudium, podemos ler:

"Quando a Igreja faz apelo ao compromisso evangelizador, não faz mais do que indicar aos cristãos o verdadeiro dinamismo da realização pessoal: «Aqui descobrimos outra profunda lei da realidade: “A vida se alcança e amadurece à medida que é entregue para dar vida aos outros”. Isto é, definitivamente, a missão». Consequentemente, um evangelizador não deveria ter constantemente uma cara de funeral. Recuperemos e aumentemos o fervor de espírito, «a suave e reconfortante alegria de evangelizar, mesmo quando for preciso semear com lágrimas! (...) E que o mundo do nosso tempo, que procura ora na angústia ora com esperança, possa receber a Boa Nova dos lábios, não de evangelizadores tristes e descoroçoados, impacientes ou ansiosos, mas sim de ministros do Evangelho cuja vida irradie fervor, pois foram quem recebeu primeiro em si a alegria de Cristo».

Se através do ensino doméstico colocamos a vida sacramental como o centro do nosso dia. Se desejamos e recebemos a presença do Senhor, como podemos nós ficar apenas fechados em casa com crianças e não sermos missionários?

Se Deus nos dá outra maneira de nos organizarmos com as 24horas, não podemos desperdiçar esta oportunidade de ficarmos apenas fechados com a nossa família.  «O amor de Cristo nos absorve completamente» (2 Cor 5, 14); «ai de mim, se eu não evangelizar!» (1 Cor 9, 16). Temos mesmo de ser missionários e levar o amor de Deus aos outros.

Há muitas famílias que praticam ensino doméstico mas que nunca tiveram oportunidade de uma experiência de intimidade com Deus na Igreja. Há muitas famílias que se sentem desanimadas, com muitos problemas, que não se abrem, que não encontram abertura com ninguém para partilharem as dificuldades, tristezas...
Às vezes basta um abraço, um sorriso, uma conversa, estar atento, fazer tudo como Jesus o faria se estivesse no nosso lugar.

Se dermos aos nossos filhos a oportunidade de participarem e nos acompanharem nestes pequenos gestos missionários, acredito que irão crescer compreendendo bem o Evangelho e o sentido da palavra: missionário.
  
 Não nos santificamos sozinhos, nem ninguém entra no céu sozinho. Temos de ser nós a dar os primeiros exemplos. 

" Pais, sabeis "perder tempo" com os vossos filhos? É uma das coisas mais importantes que podeis fazer cada dia." Papa Francisco


segunda-feira, 26 de outubro de 2015

As atividades lá em casa...

As atividades lá em casa andam animadas. O Gabriel anda a trabalhar com o algoritmo da divisão, a Clarinha continua a trabalhar as letras. Depois das vogais já começamos a trabalhar alguns ditongos e algumas consoantes: P, L,D, T. A Helena tinha partilhado comigo a ideia de escrever as letras em canudos de papel higiênico e com eles fazer o jogo de juntar as letras. Eu adorei a ideia.
Resolvi cortar cada canudo ao meio, forrar com papel crepe e colar as letras que já tínhamos aprendido. Depois é só brincar, juntar as letras e ler...





Nos intervalos constroem-se brinquedos


Inventam-se coisas novas...



 Divertimo-nos e...



...há espaço para muitos desenhos 


Juntos, tentamos aproveitar ao máximo cada dia, não esquecendo que Jesus caminha connosco e nos pede alegria nas tarefas, a paciência, a perseverança para não desistirmos de sermos santos.

sábado, 24 de outubro de 2015

As quintas-feiras são dias especiais...

As quintas-feiras são os dias da semana mais esperados por todos e em especial pelos mais pequenos: são os dias em que nos reunimos com as outras famílias e desenvolvemos os Clubes. Como já vos tinha falado eu estou responsável pelo Clube da leitura e pelo Clube de ciência, os clubes têm frequência quinzenal. 

O Clube de leitura tem como objetivo:
Despertar nas crianças o gosto pela leitura, o prazer de ouvir uma boa história e de pôr a imaginação a funcionar. Será dada especial atenção às histórias da Bíblia. É objetivo deste Clube, levar as crianças a percorrerem as principais histórias do Antigo ao Novo Testamento, nutrirem e descobrirem o amor à Bíblia, ou seja, à Palavra de Deus. 

O Clube de ciência tem como objetivo:
Despertar a sensibilidade das crianças em relação ao meio natural à sua volta e aos seus recursos. É objetivo deste Clube levar as crianças a construírem elas próprias brinquedos, utensílios ou pequenas experiências físicas ou químicas com materiais recicláveis do dia-a-dia. 

Existem muitos outros Clubes e cada família fica responsável pela orientação do Clube que pretende dinamizar consoante os seus talentos. Se estiverem interessados em saber mais, escrevam à Helena Atalaia, que ela atualizará tudo o que se está a passar. 

Esta quinta-feira, foi um dia em cheio, estivemos em casa da família Machado, com os Clubes de Piano e Teatro. A Julie tem mesmo muito jeito para estar com os mais pequenos, fiquei encantada ao observar o Clube do piano. O Gabriel e a Clarinha adoraram. O Gabriel ficou mesmo entusiasmado em aprender piano.
Foi uma tarde muito especial em que celebrávamos como Igreja São João PauloII. Junto do canto de oração, ao som do piano, todos cantávamos Totus Tuus Maria . Foi muito especial.  As crianças estavam animadíssimas e super felizes.  Às 18h, depois de uma caminhada a pé até à Igreja mais próxima assistimos à Santa Missa. Como é bom as famílias participarem juntas e darem testemunho da sua fé em comunidade. À noitinha um jantar polaco, fotografias da vida de São João Paulo II e a sobremesa preferida do Papa foi o cenário perfeito para o Serge se juntar a nós e celebrar os seus 40 anos.



"Como se tivessem uma só alma, frequentavam diariamente o templo, partiam o pão em suas casas e tomavam o alimento com alegria e simplicidade de coração. Louvavam a Deus e tinham a simpatia de todo o povo. E o Senhor aumentava, todos os dias, o número dos que tinham entrado no caminho da salvação."
(Act 2, 46-47)

Foi um dia intenso, de muita fraternidade e partilha. Senti-me envolvida no espírito das primeiras comunidades cristãs e do fervor de vivermos partilhando ao mundo a nossa fé.
Não se querem juntar a nós?

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

A oração, o estudo, a organização lá em casa e as famílias

O nosso estudo escolar já começou com o arranque da escola. Tenho a graça de ter um espaço independente do resto da casa no rés-do-chão onde temos a nossa sala de estudo, a nossa escola, onde poderemos também trabalhar com as outras famílias ao longo do ano. Cada um tem a sua secretária, o seu dossier de trabalho e os seus livros, o resto do material é partilhado. A Sofia gosta de brincar no tapete ou senta-se ao lado da Clarinha ou perto da secretária da Clarinha a explorar os lápis de cera ou a imitar os manos enquanto ouve. 
Era muito importante para nós como família definir a nossa caminhada, estabelecer prioridades, metas. Estamos em ensino doméstico mas acima de tudo é ensino doméstico católico, ou seja, com tudo aquilo que implica de valores católicos: ser cumpridor nas tarefas, saber fazer aquilo que não nos apetece mas que é necessário, esforçar-se sempre um pouquinho mais sem reclamar.
Temos horários para levantar, para estudar e muito tempo para brincar e explorar o mundo.
Ainda estamos em experiências com os horários das missas, para encontrar a melhor altura para todos. O dia começa cedo, sem correrias, o Gabriel e a Clarinha à medida que acordam sabem que têm de fazer a sua caminha ( mesmo que depois eu tenha que ajeitar um pouco), dobrar o pijama debaixo da almofada e vestir a roupa para o dia ( que está dobradinha em cima do móvel do quarto). Tomam o pequeno-almoço às 8h30 e às 9h00 em ponto já estamos todos na nossa sala de estudo. O dia começa com uma pequena oração de louvor, consagração do dia e orações feitas com as palavras deles. 


Das 9h00 às 13h30 temos o tempo de estudo, com intervalos para brincar, e um pequeno lanche. 





Às 13h30 almoçamos e a sala de estudo fica arrumada, todos ajudam ( ou quase). Entramos em casa e a parte da tarde é livre para as brincadeiras, projetos, leituras. 
Às 18h00 jantamos,  quando o pai chega a oração da noite e depois pelas 20h30 já estamos na cama a ouvir histórias antes de dormir. Este é mais ou menos o nosso horário, claro que há excepções, nos dias em que viajamos ou fazemos passeios ou quando temos trabalhos com as outras famílias, mas este é o nosso ritmo diário.

Trabalhar com três crianças pode parecer um caos e um stress. Há dias mais complicados, mas no geral é bastante tranquilo e compensador. Acredito que um dos segredos é simples: acima de tudo esforçar-me por lhes ensinar a serem autónomos no estudo e o gosto de serem eles próprios a procurar e a descobrir. É isso que os torna bons alunos no futuro, pessoas responsáveis: gostarem de ser eles a fazer bem os trabalhos. O Gabriel está no 4º ano e eu só tenho de o orientar: " Hoje, estudas até esta página e fazes estas fichas. Se tiveres dúvidas vem ter comigo". Ao fim do dia corrijo. Há dias que me sento e lhe explico um pouco, mas ele gosta de chegar lá e pensar sozinho. A Clarinha pediu-me para lhe ensinar as letras e isso exige mais tempo, mas fazemos um pouco cada dia e quando ela já souber um pouco mais vai querer fazer sozinha. A Sofia puxa folhas, faz rabiscos à nossa volta e nem damos conta.


Com o ensino doméstico católico temos duas realidades: o trabalho que realizamos no nosso núcleo familiar ( que vos falei agora) e o trabalho que realizamos em comunidade com outras famílias.

 Como é importante estarmos em comunidade, aprendermos coisas juntos. Os nossos queridos amigos, a Família Atalaia é uma família muito especial para nós. A Helena tem-se dedicado muito a toda a organização para estarmos juntos. Ela sugeriu a criação dos clubes, núcleos de aprendizagem, onde partilhamos os nossos talentos e juntos, ora na nossa casa, ora na casa de outras famílias que participam, desenvolvemos temas. Eu estou responsável pelo clube da leitura e pelo clube da ciência, mas existem muitos mais. Irei aqui no blog, atualizar o desenvolvimento dos clubes que sou responsável e conto com a vossa participação e presença. Existem muitas surpresas e projetos abertos a todas as famílias, estejam em ensino doméstico ou não e mais do que ninguém a Helena explica tudo isso no site e no blog dela. Quem se quiser juntar a nós, envie uma mensagem à Helena e será bem vindo a caminhar connosco!

   


Com a minha mão a orientar o traço da Clarinha, lembro-me de Deus na minha vida...
Senhor, ajuda-me a manter firme o meu traço em direção a Ti! Amem 

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Educar para a Santidade

 Educar para a santidade é uma grande missão a que são chamadas todas as famílias católicas. Se elas responderem a este chamado, serão luzes fortes no mundo que tocarão o coração de muitas outras famílias. Independentemente do percurso escolar que proporcionamos aos nossos filhos, é importante lembrar e sublinhar que o mais importante é todo o trabalho que se constrói diariamente de evangelização no núcleo familiar. Independentemente da realidade diária da nossa família é fundamental dar espaço à oração familiar diária, às histórias da Bíblia, a leitura sobre a vida dos santos, à vida sacramental. Se queremos que os nossos filhos caminhem para a santidade é necessário esta base. Os nossos filhos já trazem dentro de si este desejo de Deus, deste desejo de "chegar a casa" e irão buscá-lo em toda a parte até encontrarem algo. Se nós pais, não dermos esse tempo para estarmos com eles e lhes mostrarmos o Senhor, o mundo com as suas filosofias os preencherão com mil e uma coisas. Deus nos presenteou com um grande tesouro para nós cuidarmos: os nossos filhos. Deus não nos pediu para sermos dependentes deles mas para simplesmente lhes mostrarmos o caminho. Se não lhes dermos as mãos, alguém o fará no nosso lugar... 

Tudo começa com a caminhada dos pais, é através deles e por seu exemplo que o desejo de santidade, que é o desejo do amor de Deus nasce nos seus corações. É em vão pensar que  inscrevendo os nossos filhos numa escola católica ou inscrevendo-os em ensino doméstico e passar mais tempo com eles, eles estão mais aptos a serem santos. Nada disso. O que os faz caminhar para a santidade, é o exemplo de desejo e o amor sincero de quem os rodeia pelo Senhor, é o tempo que nós dedicamos como pais a contar-lhe histórias da Bíblia, é a cumplicidade de alguém que fala apaixonadamente do seu amado. Sem verdadeiro amor pelo Senhor tudo é em vão. Aproximem-se primeiro do Senhor sinceramente e depois quando o vosso coração arder de Amor convidem os vossos filhos a conversar com o Senhor ao vosso lado diante do Santíssimo. 

Se esta base é realizada diariamente ou pelo menos com frequência, acredito que o ensino doméstico católico pode ser uma mais valia para reforçar todo o trabalho já realizado e aprender o conhecimento do mundo em união com a descoberta de Deus. É um grande campo de aprendizagens, missão e desafios dentro da família e com outras famílias. E se nos apressarmos a beber da  fonte sacramental que a Igreja nos dá como prioridade diária, além de ganharmos  forças, iremos amadurecer na intimidade com o Senhor.







quinta-feira, 8 de outubro de 2015

O ensino doméstico católico e a nossa família

Das primeiras conversas que eu tive com o meu marido, quando o conheci, foi sobre a educação dos filhos. Nessa altura ainda nem nos conhecíamos direito, nem estávamos ligados à vida Sacramental da Igreja, mas ambos sabíamos o que desejávamos quando tivéssemos uma família: uma educação com valores, de tempo em família, de participação ativa nas aprendizagens dos mais pequenos e mais, queríamos educar crianças capazes de sonhar alto, de serem criativas e que tivessem tempo de explorar os seus talentos para poderem melhorar o mundo. Bom, o ensino doméstico era uma realidade que ambos desejávamos. Uma realidade não para ser vivida isolados no núcleo da nossa família mas em comunidade. Em comunidade seriamos desafiados a crescermos juntos. O assunto ficou a amadurecer. Quando o Senhor nos tocou e chamou a fazermos parte da Igreja, o assunto continuou sempre presente, mas por falta de oportunidade de o viver em comunidade nunca se realizou. A vivência da vida sacramental em família com a Santa Missa diária era um oásis que eu desejava experimentar nem que fosse durante um ano como experiência. Se a juntar-se a isso tudo o pudesse fazer com outras famílias ainda melhor.

Este ano o Senhor deu-me a oportunidade de tudo isso e este blog procura ser uma partilha na fé, de apoio entre famílias, de chegarmos a mais famílias, talvez aquelas que estejam mais afastadas da Igreja, a viverem o amor de Deus. Não sei como será o próximo ano, só sei que quero aproveitar ao máximo todas as oportunidades que o Senhor me dá este ano e ter a vida sacramental como o centro do nosso dia familiar. O resto o Senhor dirá.

Não somos contra a escola como instituição, nem pretendemos afirmar que o caminho do ensino doméstico católico é um caminho melhor ou pior comparativamente a quem opta por frequentar a escola no caminho da santidade. Somos a favor que devemos lutar por uma educação mais verdadeira, mais cristã, uma educação que dê espaço à formação dos talentos, formando pessoas capazes de amar e ser felizes no mundo. Somos a favor que como família católica apenas devemos estar conscientes e nos esforçarmos por realizar o compromisso que fizemos diante de Deus no nosso casamento, independentemente do tipo de escolha de ensino:


Estais dispostos a receber amorosamente os filhos como dom de Deus e a educá-los segundo a lei de Cristo e da sua Igreja?

E no batismo dos nossos filhos, ainda nos lembramos do nosso compromisso?


Caríssimos pais: Pedistes o Batismo para os vossos filhos. Deveis educá-los na fé, para que, observando os mandamentos, amem a Deus e ao próximo, como Cristo nos ensinou. Estais conscientes do compromisso que assumis?


No documento: "Instrumentum laboris- A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo", podemos ler no último tópico:


"O desafio da educação e o papel da família na evangelização

142. (60) Um dos desafios fundamentais diante do qual se encontram as famílias de hoje é sem dúvida o educativo, que se tornou ainda mais exigente e complexo por causa da realidade cultural contemporânea e da grande influência dos meios de comunicação. É preciso ter na devida consideração as exigências e as expectativas de famílias capazes de ser, na vida quotidiana, lugares de crescimento, de transmissão concreta e essencial das virtudes que forjam a existência. Isto indica que os pais podem escolher livremente o tipo de educação que desejam oferecer aos filhos, em conformidade com as convicções que lhes são próprias.

143. Há consenso unânime em confirmar que a primeira escola de educação é a família, e que a comunidade cristã serve de ajuda e de promoção da integração deste papel formativo insubstituível. De várias partes considera-se necessário encontrar espaços e momentos de encontro para encorajar a formação dos pais e a partilha de experiências entre famílias. (...)

144. Nas diversas culturas, os adultos da família desempenham uma função educativa insubstituível. No entanto, em muitos contextos continuamos a assistir a um enfraquecimento progressivo do papel educativo dos pais, devido a uma presença invasiva dos meios de comunicação no interior da esfera familiar, mas também por causa da tendência a delegar esta tarefa a terceiros. Pede-se que a Igreja encoraje e assista as famílias na sua obra de participação vigilante e responsável nos programas escolares e educativos que dizem respeito aos seus filhos.

145. (61) A Igreja desempenha um precioso papel de apoio às famílias, começando pela iniciação cristã, através de comunidades acolhedoras. Pede-se-lhe, hoje mais do que ontem, tanto nas situações complexas como nas normais, que ajude os pais no seu compromisso educacional, acompanhando as crianças, os adolescentes e os jovens no seu crescimento, ao longo de caminhos personalizados que sejam capazes de os introduzir no pleno sentido da vida e de suscitar escolhas e responsabilidades, vividas à luz do Evangelho. Na sua ternura, misericórdia e sensibilidade maternal, Maria pode saciar a fome de humanidade e de vida, e por este motivo é invocada pelas famílias e pelo povo cristão. A pastoral e a devoção mariana constituem um ponto de partida oportuno para anunciar o Evangelho da família."

Na audiência do Papa Francisco a 20 de Maio de 2015 podemos ler:

"Chegou a hora de os pais e as mães voltarem do seu exílio — porque se auto-exilaram da educação dos próprios filhos — e recuperarem a sua função educativa. Oremos para que o Senhor conceda aos pais esta graça: a de não se auto-exilarem da educação dos seus filhos. E isto só pode ser feito com amor, ternura e paciência."

Querem acompanhar-nos nesta caminhada?
Então seja bem-vindos e participem...